Porque valem os originais 1 milhão

Como afirma Ana Cristina Cachola “A visualidade e a visibilidade do projecto de Francisco Eduardo são aqui transpostas para um dispositivo de exibição que clarifica a narrativa e a metodologia do seu processo. Um processo que se transformou mesmo em processo legal. Por um lado, à tentativa de registar a marca, o Estado responde que “uma marca não pode conter expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes”. Todavia, esta burocracia bafienta e moralista, que contraria os princípios de um Estado laico e democrático, atesta a relevância artística deste trabalho de Francisco Eduardo, pois um dos predicados da arte é precisamente desafiar anacronias vigentes.